Como você faz suas escolhas?
A vida dinamicamente se desequilibra e reequilibra com seus eventos, buscando um modo suficientemente saudável para sua continuidade. A vida está em movimento e a saúde está no equilíbrio.
A mídia e os especialistas denunciam os desequilíbrios da sociedade: ritmo de trabalho extenuante, má alimentação, maus cuidados com a saúde, descaso com pessoas. Obesidade, infarto, diabetes, consumo de álcool e drogas, relacionamentos em crises constantes, acidentes automobilísticos graves são fatos do nosso cotidiano desequilibrado.
Uma má notícia
O desequilíbrio se instala sorrateiramente na vida e, sem percebermos, as coisas importantes vão cedendo o lugar às urgentes; o presente (aqui-e-agora) perde seu valor real; nos surpreendemos como nos afastamos das pessoas, não só fisicamente. A verdade, aparentemente dura e insensível, é que nada disso acontece subitamente ou por geração espontânea; cada pessoa faz isso enquanto faz suas escolhas cotidianas. Conscientemente ou não, decidimos com base em critérios de referência e definimos nossas prioridades. E a má notícia é que não há a quem culpar; esta atitude é nociva e improdutiva se quisermos mudar.
Uma boa notícia
Você é quem faz suas escolhas! Quando se assume a responsabilidade pelas escolhas, podem-se definir as prioridades. E ainda se consegue saber se está disposto a pagar o preço da escolha, tanto o ato quanto as consequências. Você é um agente do seu próprio (re)equilíbrio.
Você diria que não tem tempo para atividade física ou social? Para passar mais tempo com as pessoas importantes da sua vida ou ainda passar algum tempo sozinho? Reflita um pouco: é questão de tempo ou de prioridades?
Equilíbrio corpo-mente e eu-outros
Há muito tempo já foi esclarecida a relação entre corpo e mente; ambos se influenciam. Atuais avanços científicos apontam um estreitamento ainda maior dessas dimensões humanas para a constituição da saúde e o bem-estar. Há coisas fáceis de fazer e outras difíceis até com ajuda e incentivos, contudo, lembre-se: você é quem faz suas escolhas e estabelece suas prioridades. Saliento a liberdade individual de escolha, assim como a responsabilidade intransferível das consequências. A arte da convivência é fazer isso, enquanto os outros também fazem isso, sem perder o respeito, a harmonia e o bem-estar. Nossas escolhas afetam as pessoas que amamos, positiva ou negativamente.
Provocando o reequilíbrio
Podemos facilmente abandonar a pratica de esporte, a alimentação saudável ou o convívio harmonioso em nome de algo “urgente”. Sutilmente uma escolha apenas momentânea se torna permanente e as coisas vão se reorganizando para um novo equilíbrio. A questão é saber se esse novo equilíbrio é saudável ou sustentável. Somos extremamente adaptáveis. Acostumamo-nos muito bem até com coisas ruins.
Estudar um assunto de interesse, refletir sobre sua própria vida, jogar bola, correr ou pedalar, conversar com amigos, confiar em alguém, ir ao dentista, confessar um erro: arrisco-me dizer que tudo isso está no mesmo patamar de reestabelecer o equilíbrio dinâmico da própria vida. Podemos refazer escolhas, revogar auto decretos e reequilibrar positivamente nossa vida, beneficiando a nós mesmos e as pessoas que nos são mais caras, em curto, médio e longo prazo.
Sua vida está satisfatoriamente equilibrada? Está dando atenção adequada à saúde física, mental, social e espiritual? Está aplicando tempo suficiente nas coisas importante de sua vida? Você se vê como autor de suas escolhas? Como suas escolhas têm impactado as pessoas importantes de sua vida? Consegue definir novas escolhas necessárias e um ponto de partida?
[person name="Ettore Riter" picture="" title="Psicólogo e Coach" .[/person]