Pandemia e aspectos físicos, mentais e emocionais – uma pesquisa com meus alunos
A pandemia evidenciou muitas questões desde o início. Eu sempre disse que o meu trabalho é muito mais do que fazer abdominal, agachamento ou corrida. Para mim é muito mais do que exercício. Eu trabalho cuidando de pessoas e além do exercício em si, eu sempre foquei no relacionamento e no cuidado sincero com meus alunos.
Algumas semanas atrás, eu estava e ainda estou angustiado e preocupado com alguns para saber como estão passando por tudo isso. Vemos a todo tempo notícias e estudos mostrando como tem aumentado o índice de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, distúrbios do sono, distúrbios emocionais, distúrbios alimentares e dores no corpo
Eu sei da minha importância além do treinamento físico e como isso influencia também nas questões mentais e emocionais.
Por isso eu fiz uma pesquisa com todos meus alunos para saber basicamente duas questões:
como estavam se sentindo do ponto de vista do vírus e como estavam se sentindo nos aspectos físicos, mentais e emocionais
Essas duas perguntas eram de múltipla escolha e cada um deveria apenas marcar se:
1 tinha um pouco de medo, não estava preocupado/preocupada, ou já pegou o vírus e se curou.
2 está se cuidando, está com receio, está vendo quais lugares são mais seguros e está seguindo as recomendações e seguindo equilibrando os cuidados com o mais normal possível.
3 está com bastante medo, ou é do grupo de risco.
E de 0 a 10, como estão se sentindo emocionalmente, mentalmente e fisicamente? Sendo que zero é mal, 5 está levando e 10 é que está bem
Minha real intensão era ver precisamente como cada um estava diante de tudo e poder definir uma conduta exclusiva para cada um a partir do estado físico, mental e emocional de cada um seguindo todos os cuidados de segurança e recomendações e os resultados foram:
80% está se cuidando, está com receio, está vendo quais lugares são mais seguros e está seguindo as recomendações e seguindo equilibrando os cuidados com o mais normal possível. E 20% está com bastante medo, ou é do grupo de risco.
Até aí tudo bem, essa pergunta eu coloquei para ser um ponto de conduta e tomada de decisão para a segunda pergunta que é mais importante para a minha atuação profissional porque diz diretamente sobre os fatores físicos, mentais e emocionais.
Minha grande surpresa foi que 55% “está levando”, ou seja seguindo a vida sem maiores complicações do ponto de vista físico, mental e emocional e 45% está se sentindo muito bem.
Quando eu vi esses resultados eu fiquei muito feliz e bastante aliviado. Percebi que as pessoas que estão mantendo mais contato conversando comigo e que estão seguindo a programação dos treinos como eu planejei são as que responderam que estão se sentindo melhor. Isso para mim foi a constatação na prática de tudo que eu sempre baseei o meu trabalho: treinos eficazes e seguros feitos focado em cada um dos meus alunos.
Ao mesmo tempo, o ponto que mais me preocupou na pesquisa foi que algumas pessoas não retornaram mais meus contatos. Eu sei que não é nada contra mim, mas tenho certeza que eu poderia de alguma forma ajudar a aliviar esse momento tão delicado com um treino ou com uma conversa com assuntos diferentes da rotina de cada um.
Mas depois de tudo isso eu comecei a me perguntar: será que esses resultados são exclusivos para as pessoas que estão mais próximas de mim? Será que essas notícias e pesquisas estão exagerando?
Só tinha uma forma de eu descobrir isso, e essa forma seria fazendo a mesma pesquisa com outras pessoas que não treinam comigo. E foi o que fiz! Eu enviei um email com as mesmas perguntas para todos os meus contatos de email que não treinam comigo e para os meus seguidores nas redes sociais.
E quer saber o resultado? Bom, isso é tema para um próximo artigo!
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